Secretaria da Saúde promove capacitação de profissionais para atendimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista
O mês de abril é destinado a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a gestão Big-Gipe segue alinhada com os projetos relacionados a saúde, para entregar qualidade de vida à comunidade. Por esse motivo, a Secretaria Municipal da Saúde de Tapejara realizou na tarde de terça-feira (15) um encontro de capacitação destinado aos servidores que atuam, tanto, no atendimento, quanto, no acolhimento dentro das Unidades Básicas de Saúde. O encontro foi conduzido pela coordenadora da Secretaria Municipal da Saúde, Albina Capeletti, juntamente com os psicólogos que fazem parte da rede, Cristian Madalozzo e Vanize Pozzer. A Secretaria da Saúde tem uma preocupação em conscientizar todos os profissionais quanto a qualidade nos atendimentos as pessoas. Por isso a coordenadora, Albina Capeletti, salienta que todo dia é um conhecimento novo. “Precisamos pensar juntos em maneiras que possam auxiliar as famílias a aprender, a interagir e a proteger as crianças, pois, temos na rede psicólogos atuantes e uma equipe que está sendo capacitada”, completou.Já, na roda de conversa, a coordenadora-geral da Secretaria Municipal da Educação, Claudia Dall'igna, compartilhou suas experiências pessoais, como mãe, e na área profissional. “O primeiro passo é a aceitação, pois, cada criança é única e todo dia é um desafio. Porém, esse assunto está sendo muito discutido e a maioria dos pais está em alerta quanto a isso. Um dos primeiros traços que eu percebi na minha filha foi não fazer contato visual, ainda quando ela era bebê e no decorrer do crescimento ela não atendia pelo nome. Entretanto, nos dedicamos muito no início, procuramos orientações médicas, tratamentos, recursos e hoje ela é uma criança fora da curva. E o segundo passo é a empatia, temos que passar para as famílias que desistir não é o caminho, precisamos ser fortes e seguir em frente”, argumentou.Além disso, o psicólogo, Cristian Madalozzo relata que na primeira infância alguns sinais, também, costumam aparecer. “As características principais são a dificuldade de contato social e de manter as relações, comportamentos repetitivos, tais como, assuntos, interesses ou motores, tudo que gere rotina. E essa capacitação é para demonstrar técnicas para um atendimento que diminua o sofrimento da criança, pela quebra do hábito”, frisou. Por isso, Cristian, ressalta que as famílias que procuram os serviços de saúde e tem uma criança ou um adolescente, com o diagnóstico, também precisam desse acolhimento, desse carinho de toda a equipe, e todos precisam ter a consciência de que esse transtorno existe e é possível priorizar um manejo saudável e carinhoso, com bastante empatia.Nesse sentido, de acordo com Vanize Pozzer, psicóloga, esse treinamento foi pensado, para preparar toda equipe para o atendimento. “Toda vez que eles saem da rotina, isso gera um sofrimento esperado e natural, então precisamos preparar o ambiente dentro das unidades de saúde, para que esse sofrimento não seja mais agravado, através, de agendamento de horários, em que não se tenha tanto movimento, da diminuição dos estímulos sonoros e luminosos, avisar toda vez o que vai acontecer, principalmente quando vai tocar na criança, para não ter esse toque inesperado.Por fim, ela reforça que se deve, também, estar atento as famílias, quanto a questão não verbal, ou seja, às vezes a criança não tem a comunicação, mas, ela está expressando de alguma forma esse sofrimento e os pais ficam preocupados, por se tratar de um ambiente diferente, dessa forma o acolhimento a eles é essencial.