Na última terça-feira (29) o Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), de Tapejara, recebeu professores da educação infantil para uma formação promovida pelo programa Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI), marcando o início das ações do Maio Laranja, mês de conscientização e prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes e contou com a presença da formadora municipal do LEEI, Tauane Danelli Baroni, da psicóloga da Secretaria de Desenvolvimento Social, Maria Caroline da Silva e do conselheiro tutelar, Itamar dos Santos.
A iniciativa integra o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e está sendo desenvolvida nos municípios de Tapejara, Água Santa, Vila Lângaro, Santa Cecília do Sul e Ibiaçá. O objetivo do programa é fortalecer, desde os primeiros anos escolares, o contato das crianças com a leitura e a escrita, por meio de formações mensais com educadores da região.
Durante o encontro, a formadora municipal do LEEI, Tauane Danelli Baroni, destacou a importância de proporcionar experiências significativas com a literatura desde a infância. “A ideia é formar crianças mais preparadas, que tenham vivências com a leitura e a escrita de maneira diversificada, tanto na escola, quanto no convívio com a comunidade. A educação infantil é uma etapa essencial para despertar, de forma lúdica e natural, o gosto pela leitura”, afirmou.
Na sequência da programação, a psicóloga da Secretaria de Desenvolvimento Social, Maria Caroline da Silva, trouxe reflexões relacionadas à campanha Maio Laranja e alertou sobre os perigos do silêncio diante de situações de abuso. “Esse é um momento fundamental para envolver a comunidade escolar, especialmente os professores, na discussão sobre o tema. O silêncio e a falta de diálogo reforçam a violência e a criança pode acabar aceitando a dor como algo normal. A escuta ativa e o acesso à informação são formas poderosas de proteção”, enfatizou.
Encerrando a formação, o conselheiro tutelar, Itamar dos Santos, falou sobre a necessidade de orientar sobre como denunciar casos de abuso infantil e outras formas de violência contra crianças e adolescentes. "As pessoas, ainda, não se sentem seguras para denunciar, mas, isso é muito importante, então, queremos reforçar que as denúncias, além da forma espontânea, podem ser feitas por telefone, de forma anônima e o canal mais acessível é o Disque 100, que funciona para receber as denúncias e encaminhá-las aos conselhos tutelares e demais órgãos responsáveis”, explicou.
Dessa forma, destaca-se o compromisso da gestão municipal em incentivar práticas que garantam a qualidade de vida. Por isso, é relevante unir a alfabetização com ações preventivas, promovendo não apenas o acesso ao conhecimento, mas também a construção de um ambiente seguro, acolhedor e livre de qualquer forma de violência, essencial para o bem-estar de cada criança.
